quarta-feira, 24 de abril de 2013

Série Personalidades –Giancarlo Castanharo (Cover)



     Ao resolver escrever essa série quis fugir dos grandes renomados como meus amigos Vitamina e Farofa que tem (e com razão) extensos acervos sobre suas pessoas nas midias; não que eles não mereçam mais uma menção, mas preferi escrever sobre os notórios que são exemplos para mim, seja pelos seus feitos ou por sua personalidade e modo de ser.

     Resolvi começar por um dos maiores “espelhos” que tenho em minha vida montanheira.

     Espero sinceramente que meu leitor aprecie o conteúdo que será divulgado aqui nas próximas semanas e tente conhecê-los pessoalmente, sem dúvida será excelentemente recebido por essas personalidades do montanhismo paranaense para um bom bate-papo informal.

     Senhoras e senhores, com vocês: Giancarlo ou simplesmente, “Cover”.

     Giancarlo Castanharo é mais conhecido como “Cover”, nasceu em Curitiba no dia 15 de Outubro de 1977.

     Aos 17 anos colecionava o título (com mais 4 amigos) de ser o primeiro montanhista a realizar a perigosa (e hoje proibida) travessia Alpha-Omega, que liga o cume do Morro do Canal ao Conjunto Marumbi.

     Na pré-adolescência foi levado, junto com o irmão Gustavo, pelo pai para algumas andanças pela serra. Os irmãos acabaram tomando gosto pela coisa e começaram a arranjar várias formas inprovisadas de se manterem grudados nas paredes das montanhas paranaenses.  Conta com entusiasmo e risadas as façanhas que por pouco não terminaram em ossos quebrados, tirando verdadeiras gargalhadas da turma que o ouve. Como não tinha mais jeito, os pais providenciaram um “uniforme de montanha” para os garotos: 2 conjuntos iguais. É lógico que não demorou para os montanhistas da época, ao verem a dupla chegando, exclamarem: Lá vem os irmãos Covers.

      O tempo foi passando e Gustavo foi seguindo outros rumos e acabou retornando para o apelido de infância:“Tavinho”. O apelido da dupla de irmãos acabou ficando só para Gian que o sustenta a mais de 15 anos.

     Membro “honorário” da AMC (Associação dos Montanhistas de Cristo), tem o mundo como o “quintal de casa” e coleciona fotos e experiências fantásticas dos lugares do qual já visitou. Montanhista de grande qualidade, são siginificativas suas visitas ao Campo Base do Everest, Tailândia, Monte Kilimanjaro e outros passeios pelo continente africano, sem falar na Patagônia e América Latina. Além, é claro, das montanhas paranaenses, algumas das mais difíceis do país.

      Mesmo com tantas coisas na bagagem, fala de suas viagens da forma mais simples e humilde possível. Nunca sonega informação sobre algum lugar que o interessado queira chegar, pacientemente dando dicas e mostrando o caminho a ser seguido. Culto, difícil não desenvolver uma conversa sobre um assunto qualquer.

     Se quiser conhecê-lo é só dar uma chegadinha às quintas-feiras em uma reunião da AMC ou num fim-de-semana qualquer na Estação Marumbi e perguntar a um jovem de cabelos castanhos e sorriso fácil pelo Cover para ouvir a voz marcante e simpatica responder: “Sou eu mesmo! Tudo bem?”